Case: a produção do podcast “Curti,e daí?”
Criar um podcast sobre a relação dos jovens com as redes sociais não é tarefa fácil. O tema é amplo, delicado e cada vez mais importante. O projeto foi desenvolvido para o Instituto Vero, de Felipe Neto. “Curti, e Daí?” tem concepção, roteiro e apresentação de Januária Cristina Alves e Laura Mattos, jornalistas reconhecidas na área da educação. Eliane Leme, fundadora da soupods e jornalista premiada no rádio, também atuou na criação do podcast, além de ser responsável pela gravação e edição. A produção ocorreu ao longo de 4 meses e teve o apoio da equipe do Instituto Vero.
“Curti, e daí?” ouve especialistas, influencers e principalmente muitos jovens, que toparam pensar e (re)pensar a vida nas mídias sociais. O resultado, em 5 episódios, é muito rico. Vai interessar estudantes, educadores, pais e todos que almejam uma convivência digital mais bacana. O podcast compartilha histórias de desinformação, cyberbulling, saúde mental, algoritmos e bolhas e recebeu a aprovação de educadores e pesquisadores da área. O Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação da Unicamp e Unesp fez a recomendação: “Sugerimos o uso do podcast na escola ou em casa, como abertura para um diálogo mais amplo e aprofundado com adolescentes e jovens sobre a temática sugerida em cada um dos episódios.”
A produção recebeu espaço na imprensa:
FOLHA DE S.PAULO https://www1.folha.uol.com.br/educacao/2023/03/novo-podcast-discute-relacao-de-jovens-com-as-redes-sociais.shtml
NEXO JORNAL https://www.nexojornal.com.br/colunistas/2023/O-que-fazer-para-combater-o-discurso-de-%C3%B3dio-online
Como foi o processo de produção
“Foram cerca de 70 entrevistas e mais de 30 horas de gravação num trabalho intenso. Fizemos rodas de conversas presenciais, indo até escolas de diversas regiões da cidade. Optei por microfones dinâmicos, que me ajudaram a captar a voz dos jovens em ambientes muitas vezes barulhentos. O sinal do recreio tocava toda hora”, brinca Eliane Leme.
Nas gravações online com estudantes de Florianópolis, Manaus, Rio de Janeiro e Recife, Eliane conta que a plataforma escolhida foi o SquadCast. “O SquadCast não sofre com oscilações de conexão, já que faz o registro de voz localmente, ou seja, no computador de quem está falando.”
Transformar o material bruto em episódios de 20 minutos também exigiu um elaborado trabalho de edição. Com um conteúdo tão rico, o roteiro poderia seguir diversos caminhos, então a estratégia foi apostar no DNA do projeto: dar protagonismo aos jovens. Foi a partir das histórias contadas por eles e das reflexões que fizeram em torno dos temas propostos que a narrativa se construiu.
Com os roteiros prontos e aprovados, a soupods gravou em estúdio a narração das jornalistas Januária Cristina Alves e Laura Mattos.